Planejado para ser uma marca solene de informação do governo com imagem “inclusiva, plural e laica”, o novo logotipo de Portugal iniciou uma polêmica no país. Neste mês, virou tema da campanha política para as eleições legislativas antecipadas para 10 de março.
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A imagem institucional foi remodelada em setembro, antes de o governo perder poderes. Sumiram símbolos que fazem secção da bandeira vernáculo, criada em 1910, porquê a esfera armilar (mundo que os navegadores encontraram), castelos e quinas, cruz grega e chagas de Cristo.
Dentro dos cinco escudos que formam a cruz azul na bandeira, cinco pontos brancos remetem às chagas de Cristo, reforçando a relação do país com o cristianismo.
Uma tradução dos especialistas para os sete castelos: representariam os reis mouros derrotados em 1150.
Em seus lugares, o escritório contratado pelo governo por € 75 milénio (R$ 396 milénio) criou um círculo entre um retângulo e um quadrângulo. Os núcleos do país foram mantidos.
O governo explicou em um manual que não se propõe a reconstituir a bandeira, protegida pela Constituição. “Esta imagem torna-se mais operacional, ao mesmo tempo que suplente e preserva a bandeira vernáculo”.
Justificou-se que “Através da síntese formal, a novidade imagem afirma-se também inclusiva, plural e laica” (…) Responder de forma mais eficiente aos novos contextos, determinada pela sofisticação da informação do dedo…”
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A oposição à direita do Partido Socialista, destituída dos seus poderes pelo presidente na sequência da exoneração do primeiro-ministro António Costa, aprovou para incluir o tema na campanha.
Candidato ao incumbência de primeiro-ministro caso o Partido Social Democrata (PSD, de centro-direita) vença as eleições, Luís Montenegro promete revogar a decisão se for eleito e conseguir formar governo. O PSD chegou a permanecer na frente do PS nas pesquisas, mas perdeu terreno.
“Com o meu governo, deixaremos de usar o novo símbolo. No nosso projeto não fazemos sucumbir às nossas referências históricas e identitárias a uma teoria de sofisticação”, escreveu Montenegro no X.
Autoproclamado padroeiro da matriz cristã, apesar de, ao mesmo tempo, ter sido multado por discriminar a comunidade cigana e ter chamado de bandidos uma família pobre e negra, o líder da {sigla} de ultradireita Chega também criticou no X:
“(…) Deixa de ter as quinas, os símbolos de Cristo e tem, segundo eles, documentos mais laicos, mais inclusivos. É negação de toda a nossa História.