Setembro 29, 2024
“Governo tem de querer envolver o Parlamento e a oposição”, diz Pedro Nuno Santos

“Governo tem de querer envolver o Parlamento e a oposição”, diz Pedro Nuno Santos

Europeias 2024

Para o líder do PS, partido mais votado nas eleições europeias, “é muito simples que os portugueses não gostaram da forma porquê o Governo foi lidando com o Parlamento e a oposição”.

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS

Pedro Nuno Santos, secretário-geral do PS

JOSÉ SENA GOULÃO

O secretário-geral do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou esta segunda-feira que o resultado das europeias Mostrou que os portugueses disseram ao Governo que tem de envolver a oposição.

“Ó Governador [eleito pela coligação AD – PSD/CDS-PP/PPM] precisa também de querer envolver o parlamento e a oposição. Aliás, acho que foi aquilo que os portugueses também quiseram manifestar ontem [domingo]”, com o resultado das europeias, afirmou Pedro Nuno Santos, que falou aos jornalistas à chegada a Pedrógão Grande, onde marca presença nas comemorações do 10 de Junho.

Para o líder do PS, “é muito simples que os portugueses não gostaram da forma porquê o Governo foi lidando com o parlamento e a oposição”. “Se não, o Governo que tomou posse há dois meses não tinha feito de perder umas eleições”, disse.

Pedro Nuno Santos venceu que o Governo tomou posse “há dois meses” e que teve um “último mês com campanha intensa, com medidas detrás de medidas”, e, mesmo assim, “perdeu as eleições” europeias.

PS não será “fator de instabilidade”

Questionado pelos jornalistas sobre se o primeiro-ministro, Luís Montenegro, terá entendido essa mensagem, o secretário-geral do PS disse que espera “que tenha percebido”.

Pedro Nuno Santos reafirmou que o PS não será “fator de instabilidade”, realçando que não é o partido que lidera que excluiu “qualquer vontade de diálogo”.

Vitória nas Europeias

O PS foi o partido mais votado, com 32,1% e oito eurodeputados, nas europeias de domingo, primeiro da Federação Democrática, que teve 31,1% e sete mandatos, segundo os resultados provisórios.

Segundo a Secretaria-Universal do Ministério da Governo Interna, o Chega, que elegeu dois eurodeputados, foi a terceira força política, com 9,79%.

Também com dois deputados eleitos, a Iniciativa Liberal (IL) obteve 9,07% dos votos. O Conjunto de Esquerda (BE) recolheu 4,25% dos votos e a CDU (PCP/PEV) 4,12%, obtendo um eurodeputado cada.

As comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, centram-se leste ano em Castanheira de Pera, Figueiró dos Vinhos e Pedrógão Grande, concelhos fustigados pelos incêndios de junho de 2017, de que resultaram 66 mortos e 253 feridos. Esses fogos destruíram também murado de meio milhar de casas e 50 empresas.

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