Novembro 17, 2024
«Há uma novidade dinâmica nas relações» entre Portugal e Moçambique – XXI Governo

«Há uma novidade dinâmica nas relações» entre Portugal e Moçambique – XXI Governo

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«Há uma novidade dinâmica nas relações entre os nossos dois países, uma vez que, aliás, se traduziu no número, significado e pluralidade dos diferentes instrumentos agora assinados», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa referindo-se aos 13 acordos no final da IV Cimeira Luso Moçambicana, em Lisboa.

O Primeiro-Ministro e o Presidente da República de Moçambique, Filipe Nyusi, estiveram reunidos durante a manhã, inicialmente a sós e, posteriormente, com as respetivas delegações, na Cimeira Luso-Moçambicana, tendo ambos feito uma enunciação no final.

O Primeiro-Ministro destacou que nos dois últimos anos houve duas cimeiras ao mais nível político executivo, o que demonstra a intensidade das relações entre os dois países, tendo evidenciado a sua alegria de receber novamente o Presidente Nyusi que é «um grande camarada do nosso País».

Esperança e oportunidade

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«Moçambique vive um momento de esperança e de oportunidade. Por isso, foi absolutamente marcante uma vez que, à margem desta cimeira, as empresas portuguesas e moçambicanas participaram no seminário parcimonioso» que decorreu esta manhã e não quais estarão presentes o Primeiro-Ministro de Portugal e o Presidente de Moçambique.

António Costa saudou o Presidente moçambicano pelos «sucessos económicos na consolidação do processo de silêncio» e pela estratégia para que leste se possa definitivamente solidar, o que «será uma supimpa notícia para os moçambicanos e também para todos nós».

O Primeiro-Ministro referiu os vários programas e fundos para estribar o desenvolvimento de Moçambique que, no conjunto, montam a mais de 90 milhões de euros.

Referindo-se aos acordos recentemente assinados entre a União Europeia e a Comunidade para o Desenvolvimento da África Sul (que permitirão aumentar as quotas de produtos moçambicanos para a União Europeia), afirmou que Portugal e Moçambique podem ser os principais dinamizadores das relações entre estas duas regiões, podendo esta relação ser «um supimpa exemplo do que deve ser a relação destes dois grandes espaços».

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O Primeiro-Ministro afirmou também que «temos uma longa História, mas também queremos ter um longo porvir», elogiando o escora oferecido pelo Presidente Filipe Nyusi à aprovação de um convénio de mobilidade no espaço da Comunidade de Países de Língua Portuguesa.

Leste convénio «é importante para dinamizar as relações económicas, culturais e pessoais entre portugueses e moçambicanos», disse, acrescentando que «queremos edificar uma grande ponte do Atlântico até ao Índico».

Cimeira orientada para os resultados

O Presidente Filipe Nyusi afirmou que as cimeiras bilaterais devem ser «um fórum regular de concertação da nossa relação política e diplomática», acrescentando que a presente foi «orientada para os resultados», tendo sido estimado o intensidade de realização das decisões da cimeira anterior e do Programa Estratégico de Cooperação.

Os instrumentos assinados hoje devem transfixar «um caminho conjunto e profícuo nestes domínios e tornar a nossa cooperação cada vez mais sólida com o enfoque na robustez das nossas economias», disse.

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O Presidente e o Primeiro-Ministro estão em revista a situação internacional e, principalmente, nas regiões respetivas.

O Presidente moçambicano destacou a iniciativa portuguesa de constituição do fundo de escora à reconstrução das regiões afetadas pelos dois ciclones, tendo grato o esforço de Portugal e do Governo e de todos os que estiveram em Moçambique.

Filipe Nyusi saudou a ação do Governo português pelo «estabilidade estabelecido» na situação de Portugal e encorajou-o a «fazer muito mais porque esta estabilização facilita também a vida dos países irmãos».

Acordos

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Entre os 13 acordos assinados, incluem-se a prorrogação do montante ainda não utilizado, de muro de 11,6 milhões de euros, até 2020, um ajuste ao Tratado Tripartido de 1 de julho de 2008 relativo a uma risca de crédito no montante atual de 400 milhões de euros entre a Caixa Universal de Depósitos e Moçambique.

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Os dois países assinaram também um memorando para «promover a cooperação institucional e incentivar a colaboração conjunta de programas e atividades de cooperação» na espaço da pujança, nomeadamente nos setores de gás procedente e energias renováveis ​​e na formação de mão-de-obra moçambicana.

Foi também assinado um projecto de ação no turismo para operacionalizar um convénio assinado na Cimeira de 2018.

Foi assinado um convénio para a emprego do Programa Revive em Moçambique, visando exigir formas de cooperação para restabelecer o património histórico de Portugal no país.

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Foi assinado um convénio para a «melhoria do diagnóstico e tratamento das doenças oncológicas em Moçambique», através da formação de profissionais moçambicanos e fornecimento de material de diagnóstico, alargando a experiência já feita no Hospital Medial de Maputo aos da Beirada e de Nampula.

Foi também assinado um protocolo de cooperação técnica entre o Instituto Vernáculo de Saúde Ricardo Jorge e o Instituto Vernáculo de Saúde de Moçambique, visando «estabelecer a cooperação em projetos de investigação, política de saúde, sistemas de saúde e reparo epidemiológica».

Foram ainda assinados protocolos nos setores da justiça, no trabalho, para a qualificação profissional de trabalhadores, principalmente na governo pública, e para o desenvolvimento parcimonioso da ilhota de Moçambique.

Enunciação Final

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A Declaração Final da Cimeira refere-se ao trabalho desenvolvido pela Escola Portuguesa de Moçambique, muito uma vez que à cooperação nos domínios da língua portuguesa e da cultura, através de programas de escora à formação de professores de língua portuguesa em Moçambique.

O texto afirma também que Portugal e Moçambique se congratulam com a assinatura, em março, do compacto específico com Moçambique no contexto do Compacto Lusófono, um programa para financiar projetos de investimento em países lusófonos lançado no final de 2017 pelo Banco Africano de Desenvolvimento e pelo Governo português.

Leste programa vai gerar «importantes oportunidades de promoção do investimento privado e do desenvolvimento de projetos estruturantes em Moçambique».

Esteio à reconstrução

Para a reconstrução das regiões afetadas pelos recentes ciclones, os dois Governos assinaram um memorando para gerar um fundo com um valor inicial de 1,5 milhões de euros, gerido pelo Instituto Camões.

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Leste fundo – cuja constituição foi anunciada pelo Primeiro-Ministro no seminário empresarial – será constituída por verbetes do Orçamento de Estado, doações de entidades públicas (uma vez que autarquias) e privadas, e financiará, através de concurso, projetos de organizações não governamentais ao longo dos próximos três anos.

A emprego do fundo financeiro será principalmente orientada para «promover intervenções de reconstrução e recuperação a limitado e médio prazo, subjacentes a uma lógica de geração de sinergias entre ação humanitária e o processo de desenvolvimento», refere a Enunciação Final da Cimeira.

Ficou também sentenciado que a próxima cimeira vai ter lugar em Moçambique em 2020 em data ainda por definir.

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