A realizar uma visitante à Estónia (país membro da NATO e da União Europeia), Roberta Metsola referiu que pretendia enviar “a mais clara das mensagens, independentemente de quem estiver no poder”, afirmando: “Somos suficientemente fortes para nos defendermos uns aos outros e que temos de reconhecer o risco de qualquer enunciação deste tipo”.
Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos e candidato à nomeação Republicana para concorrer às eleições presidenciais deste ano, disse no sábado que avisou os aliados da NATO que encorajaria a Rússia a fazer o que entendesse com países com dívidas à Coligação Atlântica.
O ex-governante norte-americano critica frequentemente e duramente os aliados da organização que não financiam suficientemente a instituição, ou seja, que não contribuem com os 2% do Resultado Interno Bruto (PIB) para o orçamento da Coligação.
“Penso que o que disse o candidato presidencial dos Estados Unidos talvez seja alguma coisa que desperte alguns dos aliados que não têm feito muito. Espero que todos nós façamos mais para sermos coletivamente mais fortes, juntos”, disse hoje a presidente do Parlamento Europeu, numa conferência de prensa na capital da Estónia.
Falando em Tallinn, Roberta Metsola disse ter abordado com a primeira-ministra da Estónia, Kaja Kallas, “a melhoria da segurança europeia, os investimentos necessários na indústria de resguardo e a procura de formas de utilizar os ativos russos congelados para a Ucrânia”.
Num oração no parlamento da Estónia (Riigikogu), Metsola sublinhou que as instituições europeias vão continuar a esgotar todas as possibilidades de pedestal à Ucrânia, por exemplo, através de sanções.
“Continuaremos a desaprovar a agressão russa e a impor sanções duras para impedir o financiamento da máquina de guerra russa. As sanções devem ser aplicadas na íntegra e todas as lacunas devem ser colmatadas”, afirmou.
“Continuaremos também a responsabilizar os culpados de crimes de guerra e a fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para ajudar a Ucrânia no processo de integração europeia”, acrescentou.
Depois de visitar a Letónia e a Lituânia em janeiro, Metsola deslocou-se ao país mais setentrional dos países bálticos para promover a participação nas eleições para o Parlamento Europeu, em junho, tendo em conta as elevadas taxas de continência registadas nas eleições anteriores.
“Estou neste momento a visitar os Estados-membros da União Europeia para sensibilizar as pessoas para as eleições europeias e para as encorajar, mormente os jovens, a votar”, afirmou.