Ricardo Leão discorda. Não acho que isso seja uma forma de radicalizar, é unicamente “ter consciência absoluta das propostas que temos para o país, daquilo que foi feito e da carência de oposição”.
“Pessoalmente, não reconheço nem no Montenegro, nem na oposição, nem em toda a direita, capacidade de fazer o melhor do que fizemos”, adianta.
PS na oposição? Socialistas dizem que não seria um problema
Os críticos do Partido Socialista dizem que em março o PS precisa de uma trato de oposição, alguma coisa que Pedro Fino Alves não quer, mas não teme. Argumenta que é “muito importante que os partidos tenham funções de governação, mas também regressem à oposição”.
“É preciso que haja essa possibilidade de construção de ciclos e de os renovar. Mas isso é um pensamento que não cabe aos partidos fazerem sozinhos. Os deputados também têm de consideração ser necessário, nesse momento, ou não”, resume.
Pensa que a risco política do PS não está esgotada, e que a direita não tem projecto mútuo, mas vai para a oposição “não tem drama nenhum”.
Fino Alves considera que quem está há muitos anos sem poder “precisa de fortalecer a reflexão e autocrítica”. “Quanto mais longos são os ciclos de poder, mais precisamos de ser exigentes com o mesmo conhecimento”. O PS tem-no sido? “Nem sempre, mas não é uma especificidade do Partido Socialista”, remata.