Dispendioso leitor, o meu título vem na sequência dos últimos desenvolvimentos de projetos-lei recusados pelo partido do Governo (PS) na Reunião da República, muito porquê pelo aglomerar de processos e casos, em que o governo de António Costa mergulhou o país, e dos quais a compra das ações dos CTT pela Parpública, em 2021, são o último ocorrência revelado.
A ignorância é um modo de governo instituído em Portugal, desde os tempos do Estado Novo. Salazar e António Ferro tinham orgulho no seu Sindicato de Propaganda Pátrio, na Mocidade e Legião Portuguesa que, para lá de quererem vender uma teoria patriótica do país, também incutiram uma teoria de pouquidade de progressão social no povo. Fizeram com que o país ficasse almejado de analfabetos no Interno e, no sumo, que a sociedade fosse majoritariamente formada por membros da 4ª Classe. Também a progressão social da idade era: “rebento de pedreiro, tem de ser pedreiro, rebento de padeiro, será padeiro”.
Essa “ignorância” foi instituída, socialmente convencida e fez com que um regime de índole ditatorial se perpetuasse por 48 anos, fundamentado fortemente na lavra e na indústria muito rudimentar.
Hoje em dia, estamos na Democracia, temos eleições livres, mas o “modus operandi” da maioria do Parlamento e do moderno Governo, fariam António Ferro e Salazar ficarem orgulhosos. De entre muitos exemplos de projetos-lei a serem votados, destaco o da Literacia Financeira nas Escolas, apresentado pela Iniciativa Liberal e chumbado pela maioria PS e pelo BE, no dia 23 Dezembro 2023.
Para o PS e BE, que representam a maioria dos votos/mandatos no Parlamento, é mais fácil manter os jovens e as suas famílias na ignorância financeira, sem saber porquê pedir um empréstimo bancário, sem saber porquê planejar economicamente o seu porvir, o que é uma taxa de rendimento ou, supra de tudo, qual a diferença entre bruto (antes de impostos) e salário líquido – aquele que chega à conta bancária dos trabalhadores. O que interessa foi manter Portugal no 13º lugar de literacia financeira da OCDE (2020)!!
Levante chumbo também faria Maquiavel permanecer orgulhoso, pois o intensidade de requinte do pensamento destes deputados, é a verdadeira prática do pensamento do plumitivo italiano do século XVI. Se os jovens não foram educados financeiramente, chegarão aos adultos iludidos pelos valores de salário apresentados e sentirão que os Governos são seus “amigos” quando eles dão um aumento, por subtracção da retenção fiscal.
Ou, melhor ainda, poderá ser iludido com o diferimento das taxas de rendimento do empréstimo à habitação, achando que estão a poupar agora (e escondendo que vão remunerar mais tarde). No termo do dia, umas “migalhas fiscais”, por mexicanos, ou um deferimento de taxas, traduzem-se em votos e pouquidade de espírito crítico ou de progresso.
Mais ainda, toda a notícia feita pelo PS, pelo BE e pelos seus avançados e simpatizantes nas redes sociais e na prensa pretendem legitimar levante chumbo. O problema é que pretendem ocultar a definição de quantia público dos portugueses, e tantas vezes repetida por Margaret Thatcher (ex-PM inglesa): “Nunca esqueçam que não existe quantia público. Todo o quantia arrecadado pelo Governo é tirado do orçamento doméstico e da mesa das famílias”.
A ocultação é outro ponto potente de governação em Portugal, e fortemente aplicada pelo Partido Socialista nos últimos anos. O problema é que a ocultação dura, até o dia em que se faz jornalismo de investigação, ou alguém decide tornar públicos documentos que comprovem esses “atos ocultos”, que são perpetrados com quantia público e têm influência nos destinos do país e das suas empresas .
Foi assim com a TAP e as indeminizações ao Eng. Alexandra Reis (2022), em que o país ficou a saber, muitos meses depois, e por pressão do Correio da Manhã, que uma indemnização de 500 milénio euros foi decidida por Whatsapp com a conivência do portanto ministro e hoje candidato a primeiro-ministro do PS, Pedro Nuno Santos.
Foi assim também com a contratação de um assessor, por segmento da Ministra Mariana Vieira da Silva (2022), com 0 experiência laboral e por quase 4000 euros mensais de ordenado bruto. Ocultaram durante muito tempo, até a TVI e Sandra Felgueiras revelaram a situação.
A última situação e que foi tornada pública no dia 3 de janeiro de 2024, foi a da compra de ações em bolsa dos CTT pela Parpública (empresa estatal), em 2021, nas vésperas de se votar um Orçamento de Estado.
Novamente, um dos ministros nomeados foi Pedro Nuno Santos. A ação foi utilizada porquê forma de ocultação que esta operação, para lá de uma tentativa de recuperação de capital da ocultação da empresa, pelo Estado, também envolveu uma forma de tentar influenciar partidos porquê o PCP a votar favoravelmente o Orçamento de um governo minoritário.
O problema é que o quantia utilizado foi quantia público e o Estado trabalhou porquê qualquer agente bolsista, um pretendente a interferir no capital de uma empresa privada, com pouquidade de transparência para os contribuintes.
A meu ver, enquanto cidadão e tributário português, o problema da ignorância e da ocultação faz com que o país tenha dificuldades em progresso e incremento de forma sustentada. Basta ver, em termos económicos, que Portugal está na rabo da OCDE, em termos de salário real – 19º lugar (2023).
Quando os Governos são os primeiros a utilizar essas duas instituições, dividem o país em 2: o país dos conformistas, que ignoram e aceitam todos estes atos; o país dos inconformados, que tenta vogar contra a manante, sendo vozes incómodas.
Muitos, dos quais me incluo, somos no grupo dos inconformados. Mas, se queremos melhorar o país, temos de lutar contra a ignorância e a ocultação, enquanto modos de governo instituídos em Portugal! A informação e o conhecimento são 2 veículos primordiais para o progresso e incremento!
Que 2024 traga melhores perspectivas de porvir e, depois 10 de Março, que os próximos Governos procurem trazer maior transparência, em prol do desenvolvimento e incremento do país.