Setembro 29, 2024
Os portugueses foram vítimas ou cúmplices da PIDE? | Série Ciências Sociais em Público (XLVI) – Estudo

Os portugueses foram vítimas ou cúmplices da PIDE? | Série Ciências Sociais em Público (XLVI) – Estudo

Desde Abril de 1974, quando as forças “antifascistas” asseguraram o domínio da memória colectiva sobre a PIDE, as relações entre a sociedade portuguesa e a polícia política do Estado Novo têm sido analisadas exclusivamente sob o prisma da repressão exercida sobre a pequena minoria de portugueses que se envolveu na oposição ao regime. A História da PIDE, de Irene Pimentel, para reportar exclusivamente a obra mais influente na dimensão, foca-se quase unicamente no estudo das modalidades de repressão exercida sobre a oposição ao Estado Novo. A narrativa histórica estabelecida tende a enquadrar o resto da população no papel de “povo-vítima”. Nas palavras de Fernando Rosas, em Salazar e o Poder, outra obra influente na propagação da memória “antifascista” da PIDE, a experiência dos portugueses ter-se-ia restringido a viver no “temor reverencial” e a manter passivamente o “clima universal de acatamento”.

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