O presidente português Marcelo Rebelo de Sousa agora terá que decidir se dissolve o parlamento e convoca novas eleições ou escolhe um novo primeiro-ministro do Partido Socialista de Costa.
O gabinete da presidência confirmou que os líderes do partido serão convocados para uma reunião na quarta-feira, e o Conselho de Estado, um órgão consultivo do presidente, deve se reunir na quinta-feira.
Costa disse que estava disposto a permanecer no cargo até que um sucessor fosse nomeado, mas esclareceu que não apresentaria seu nome como candidato a um cargo mais alto. Sua renúncia marcou “o fim de um capítulo” em sua vida, disse ele.
Esquemas de exploração de lítio
A renúncia do primeiro-ministro ocorreu horas depois que a polícia nacional de Portugal realizou buscas na residência de Costa e em vários prédios de ministérios do governo. As varreduras são parte de uma investigação de corrupção ligada a esquemas de exploração de lítio no norte do país, bem como a um megaprojeto de hidrogênio verde em Sines.
O chefe de gabinete de Costa, Vítor Escária, também foi detido, informou o procurador-geral disse mais cedo na terça-feira. As autoridades também confirmaram que o Ministro da Infraestrutura João Galamba e o chefe da Agência Portuguesa do Ambiente Nuno Lacasta foram indiciados.
O governo socialista de Costa apoiou entusiasticamente os projectos de extracção de lítio em diferentes áreas de Portugal, como parte do esforço mais amplo da UE para garantir matérias-primas críticas, mas esses projectos foram atolado em controvérsia devido à baixa qualidade do material a ser extraído e à danos ambientais desproporcionais esperado.