Setembro 21, 2024
Política seguida pelo BCE «é um dos maiores desafios» que o País enfrenta – XXIII Governo

Política seguida pelo BCE «é um dos maiores desafios» que o País enfrenta – XXIII Governo

A saída gradual do Banco Central Europeu dos mercados deve de «é um dos maiores desafios que enfrentamos e a razão pela qual damos tanta importância à redução da dívida pública e ao alargamento da nossa base de investidores», sublinhou o Ministro das Finanças, Fernando Medina, numa Intervenção no Real Institute Elcano, em Madrid.

O Ministro das Finanças explicou que a actual política monetária exige «atenção, na medida em que cria pressão nos mercados financeiros europeus e nas condições globais de financiamento europeu», incluindo na dívida soberana.

Ao longo deste ano, é necessário, por isso, uma monitorização cuidada dos indicadores económicos, explicou. «A inflação ainda está elevada, o crescimento económico, apesar de positivo, será mais baixo do que em 2022, e os resultados das decisões de política monetária no emprego e no rendimento disponível e nos lucros estão a aumentar», assinalou.

Fernando Medina destacou três dimensões fundamentais em que será preciso trabalhar em 2023: primeiro, é preciso «garantir finanças públicas sustentáveis ​​que possam proteger a união monetária e cada um dos seus membros de choques futuros, ao mesmo tempo que se garantem níveis de capacitação de investimento público »; em segundo lugar, há que garantir uma política industrial comum que «promova a competitividade europeia e a inovação, na transição para uma economia de emissões zero»; e terceiro, há que «reforçar e aprofundar o enquadramento institucional» para uma união mais forte, com base em compromissos credíveis.

O Ministro defendeu a criação de uma capacidade orçamental europeia permanente para financiar os investimentos estratégicos, indispensável para salvaguardar a soberania económica da União, bem como um instrumento de estabilização macroeconómica para enfrentar choques futuros.

Fernando Medina mostrou-se ainda favorável a alguma flexibilização das regras das ajudas de Estado, mas assumindo como pressuposto que o financiamento não se restringe apenas ao esforço nacional: «Uma vez que o espaço orçamental difere consideravelmente entre Estados-membros, [uma abordagem exclusivamente de financiamento nacional] introduziria desequilíbrios indesejáveis ​​dentro da União».

«Tal levantaria o risco de fragmentação económica», frisou.

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