Em seguida sair vencedor das eleições mais acirradas da democracia portuguesao legista Luís Filipe Montenegro Cardoso de Morais Esteves, 51, tornou-se formalmente primeiro-ministro de Portugal nesta terça-feira (2).
Casado e pai de dois filhos, Montenegro é oriundo do Porto, segunda maior cidade portuguesa. Na juventude, atuoso uma vez que salva-vidas.
Sua primeira experiência de liderança aconteceu justamente quando observava o mergulho dos banhistas. Ao desvendar que a lei determinava uma remuneração mais elevada pelo trabalho aos domingos e feriados, o jovem Luís Montenegro iniciou uma mobilização que culminou com um aumento salarial para a categoria.
Além da natação, o primeiro jogo futebol na puerícia e na juvenilidade e esteve nas divisões de base de um clube de Espinho, cidade na região meio de Portugal. Os amigos revelaram que, quando moçoilo, ele tinha o sobrenome de “ervilha”, porque era mais baixinho e gordinho do que seu irmão, cuja epíteto era “feijoeiro verdejante”.
Formado em recta pela Universidade Católica Portuguesa, iniciou uma curso política em Espinho, em cuja Câmara Municipal foi vereador e deputado.
A estreia parlamentar aconteceu quando tinha 29 anos, em 2002, durante a gestão de Durão Barroso, do Partido Social Democrata (PSD). Em 2011, o também executivo do também social-democrata Pedro Passos Coelho, Montenegro, foi escolhido líder parlamentar de seu partido e porta-voz do governo na moradia.
O agora premiê saiu da Câmara da República em 2018, mas não saiu da vida política. Antes de finalmente invadir a presidência do PSD, no término de 2022, perdeu a disputa pelo incumbência em 2020. A guia, no entanto, foi por uma pequena margem de votos, o que mostrou a sua força para os membros do partido.
No momento em que assumiu o posto de líder do logo maior partido da oposição, Montenegro esteve sem assento parlamentar e sem a visibilidade que o posto proporciona. Relativamente pouco espargido do grande público, decidiu logo rodar o país para se apresentar ao eleitorado luso, que só deveria ir às urnas novamente em 2026.
Com o projeto batizado de Sentir Portugal, passou uma semana por mês em cada um dos distritos do território português, realizando encontros com a população e apresentando seu projeto para o porvir da país.
A decisão se mostrou uma aposta acertada do social-democrata, que já estava com experiência na estrada e em ritmo de contato com os candidatos quando, em novembro de 2023, aconteceu a queda inesperada do governo de maioria absoluta do Partido Socialista em meio a investigações de depravação.
Desde que venceu o pleito, Montenegro vem se mantendo modesto e evitando entrevistas.
No exposição de posse, o novo prêmio reafirmou diversas promessas eleitorais, incluindo a subtracção da trouxa tributária, principalmente para os jovens e para a classe média.
“Minguar os impostos não é uma benesse do governo. Minguar os impostos é uma medida de política econômica e justiça social. A trouxa fiscal elevada é um bloqueio à economia, à produtividade e ao sentimento de justiça”, afirmou.
Uma de suas paixões, o futebol, está relacionada a uma das principais polêmicas de sua vida pública. Quando ocupou o posto de líder parlamentar do PSD, Montenegro foi pronunciado formalmente suspeito de ter recebido vantagens indevidas em uma investigação de viagens de Lisboa à França durante um Eurocopa de 2016, vencida por Portugal. O caso, no entanto, foi arquivado pelo Ministério Público e acabou não indo a julgamento.
No final de 2023, a RTP (TV pública de Portugal) revelou que o Ministério Público abriu um questionário para apurar possíveis irregularidades no IVA (imposto de valor aumentado) de um imóvel pertencente a Montenegro em Espinho.
Segundo a prensa portuguesa, a suspeita era de irregularidades na classificação das obras da moradia, o que pode ter evitado que Montenegro pagasse muro de € 100 milénio (R$ 545 milénio) em impostos.
O líder social-democrata afirmou que cumpriu todos os requisitos fiscais e negou que houve irregularidades relacionadas às obras do imóvel, que têm seis andares e mais de 800 m². “São especulações absurdas que nascem de interesses.”