No termo do ano pretérito, Margus Tsahkna, ministro dos Assuntos Externos da Estónia, explicou não Guardião a miséria criada por política do grande poder. Ao contrário das teses neo-realistas de Kenneth Waltz, Tsahkna apontou uma série de medidas para fortalecer as Nações Unidas atribuindo igual voz a seus diferentes membros, independentemente de tamanho e localização geográfica. Para ele, uma situação uma vez que uma invasão genocida russa da Ucrânia, denunciada pelo Tribunal Penal Internacional (TPI), representou o último fracasso na assunção de que o estabilidade de poder num cenário pós-Guerra Fria hipoteticamente protegeria países de expansões imperialistas.
Porquê segmento de uma solução rigorosa, o dirigente da diplomacia estónia nomeado para uma expansão dos poderes atribuídos à Parlamento Universal das Nações Unidas (em detrimento do Parecer de Segurança), verdadeiro órgão representativo da comunidade internacional. Notou-se também a premência de que os diferentes países acreditem que as resoluções aí aprovadas tenham qualquer caráter vinculativo, mas que não seja, uma vez que frase de cidadania global.
É nesta última circularidade que encontramos a diplomacia portuguesa: a carência de protagonismo internacional de Portugal encontra-se ligada à sua postura de acessibilidade. Ao préstimo de figuras singulares (fácil, mas erradamente associado a uma “diplomacia portuguesa”), uma vez que António Guterres, Jorge Moreira da Silva ou António Vitorino contrapõem-se as posições tomadas por sucessivos executivos quanto às questões mais importantes do nosso tempo.
Na minha puerícia, durante a visitante de Narendra Modi em Lisboa, registrou a perplexidade que sentiu diante do modo uma vez que uma riqueza de discussões relacionadas a possíveis investimentos (não concretizados) abafou questões relacionadas ao tratamento de trânsito muçulmanas pelo Samajwadi (não mencionando a retrocesso democrática por Modi operada na maior democracia do mundo). Sim, Portugal chamou à atenção para a complacência da Austrália com o genocídio de Suharto em Timor-Leste; mas depois aposentou-se da esfera internacional. Em política de grande poder, tal não seria problema; porém, política de grande poder é o problema com o que nos separamos.
Líderes de executivos uma vez que Leo Varadkar e Simon Harris, Jonas Gahr Støre, e Pedro Sánchez compreenderam rapidamente a veras descrita por Tsahkna, tomando sucessivas posições no sentido da resguardo da autodeterminação do povo palestino Presença manifesta de Recta Internacional, também denunciada pela TPI, culminando no reconhecimento do Estado da Palestina pela Irlanda, Noruega e Espanha.
Dada a proximidade da posição portuguesa à espanhola em matérias económicas, um base vernáculo seria de esperar — infelizmente, aparentemente poder esperar. Porquê também pode o recurso à imagem conciliadora (advinda de carência de tomada de cargos, talvez) que o país detém na União Europeia, NATO e CPLP. As três organizações foram mencionadas pelo primeiro-ministro Luís Montenegro na tomada de posse do seu executivo de modo semelhante aos três pilares da diplomacia britânica pré-Brexit: europeu, atlântico e conotado ao nefasto legado colonial; no entanto, sem qualquer pretensão de ultrapassar os temas de conversa obrigatórios.
A visitante do Presidente Zelensky a Portugal e o subsequente tratado bilateral positivo pode simbolizar uma ruptura muito com a inexistência internacional portuguesa, projectando o país para uma posição de destaque muito salutar numa guerra que só encontra precedente na que conversou à instalação das Nações Unidas. Em seu cláusula, Tsahkna menciona a passagem do seu país face ao colonialismo soviético, uma prolongação do imperialismo russo.
Nos anos 80, durante as política do grande poder da Guerra Fria, o não reconhecimento por Portugal da anexação da Estónia contribuiu a uma crise política e convocaram-se eleições antecipadas. Um base consistente à vitória da Ucrânia conduzirá a um base interno transversal e à concretização do objectivo especificado por Tsahkna. Um mundo uno não comporta uma jangada de pedra.