“Obviamente, apresentai a minha missão ao senhor Presidente da República”, declarou António Costa, numa notícia ao país, a partir da sua residência solene, onde destacou que a fardo do primeiro-ministro não é conciliável com a “suspeita da prática de qualquer ato criminoso”.
Costa apresentou a destituição na sequência de buscas no Palácio de São Bento, migraram o seu encarregado de gabinete, Vítor Escária, e membros do Governo, ao termo de quase oito anos em funções porquê primeiro-ministrofardo para o qual foi empossado em 26 de novembro de 2015 portanto pelo Presidente da República, Aníbal Conversa Silva.
“Fui hoje apresentado com a informação oficialmente divulgada pela Procuradoria-Universal da República (PGR) que já foi ou irá ser instaurado um processo-crime contra mim. Quero expressar olhos nos olhos aos portugueses que não me pesa na consciência a prática de qualquer ato ilícito ou censurável”, declarou António Costa.
O socialista informou ainda que o Presidente Marcelo Rebelo de Sousa aceitou a sua destituição e que não se vai recandidatar ao incumbência de primeiro-ministro.
O encarregado de Estado já convocou os partidos com assento parlamentar para quarta-feira (08.11) e o Recomendação de Estado para quinta-feira (09.11) e falará ao país ainda hoje.
Buscas e detenções
A polícia portuguesa fez hoje buscas em mais de 40 locais, incluindo vários ministérios e a residência solene do primeiro-ministro, e deteve várias pessoas, numa operação que investiga empresas do setor do hidrogénio e do lítio.
“No decurso das investigações surgiu, além do mais, o conhecimento da invocação por suspeitos do nome e da domínio do primeiro-ministro e da sua mediação para desbloquear procedimentos no contexto suprarreferido. Tais referências serão autonomamente evidenciadas no contextura de interrogatório instaurado no Supremo Tribunal de Justiça, por ser esse o mesada competente”, lê-se numa nota de hoje divulgada pela PGR portuguesa.
As inspeções da polícia estenderam-se aos Ministérios do Envolvente e das Infraestruturas e levaram a várias detenções. Foram detidos o encarregado de gabinete do primeiro-ministro, Vítor Escária, o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, a consultora Lacerda Machado e dois administradores da sociedade Start Campus.
A prelo portuguesa também noticiou que os ministros do Envolvente, Duarto Cordeiro, e das Infraestruturas, João Galamba, muito porquê o ex-ministro do Envolvente, João Pedro Matos Fernandes, foram constituídos arguidos pelo Ministério Público.
O caso que está sendo investigado envolve projetos de redução de lítio em Montalegre, no setentrião de Portugal, por possíveis favores de concessões pelo governo português a empresas.
Partidos reagem
O Partido Livre considera que Portugal está hoje numa “situação grave e séria” e diz estar pronto para todos os cenários, mas escusou-se a falar em eleições antecipadas por considerar que nascente é ainda “o tempo do Presidente da República”.
Já o presidente da Iniciativa Liberal, Rui Rocha, defende que “não há outra solução” sem ser a rescisão da Câmara da República e a convocação de eleições, na sequência da destituição do primeiro-ministro.