Passos Coelho e Paulo Portas fizeram campanha lado a lado, negociaram lugares nas listas e a volta ao país fizeram-se a duas cores: laranja e azul. Mas na hora de repartir os custos, o CDS conseguiu permanecer somente com uma pequena segmento da conta. Ao todo, a campanha eleitoral custou à coligação PaF (Portugal à Frente, que juntou PSD e CDS) 4,6 milhões de euros. No final deu prejuízo de 1,7 milhões e os centristas só pagaram 384 milénio euros.
As contas anuais dos partidos deram ingressão no Tribunal Constitucional e mostram que o PSD recebeu a maior segmento dos gastos da campanha eleitoral. A distribuição andou à volta de 80% dos gastos pagos pelos sociais-democratas e 20% pelos centristas, diz ao PÚBLICO o secretário-geral do PSD, Matos Rosa. “A segmento do CDS foi muito subordinado”, acrescenta.
O negócio acabou por percorrer muito aos centristas. A campanha custou 4,6 milhões de euros e os partidos receberam quase três milhões de subvenção pública, deixando a revelado quase 1,7 milhões de prejuízos. O PSD entrou com 1,3 milhões, o CDS com 384 milénio euros, feitos as contas correspondem a 22% da factura.
Os valores negativos acontecem porque os partidos acabaram por apresentar orçamentos de campanha a prever uma percentagem de votos que acabaram por não ter. O PS fez o mesmo. O partido recebeu uma subvenção pelas eleições de 2,3 milhões o que resultou num prejuízo de 920 milénio euros, quando tinha previsto receber subvenção para murado de 35% dos votos (teve 32%). Outrossim, dizem as regras da Entidade das Contas, uma campanha eleitoral não pode dar lucro, por isso, mesmo que os resultados fossem positivos, o numerário teria de ser devolvido ao Estado.
Para os resultados negativos do ano do PSD contornou ainda o facto de nas regiões autónomas a coligação ter sido desfeita. Só para isso foram mais 200 milénio euros.