Ó presidente da ACOS – Associação de Agricultores do Sul, Rui Garrido, alerta o Governo que “é urgente a definição de uma política vernáculo e regional de recursos hídricos para Portugal”, além de tutelar a “urgência de construção de mais reservatórios de chuva no Sul de Portugal ” e avança com a “teoria da geração de transvases”.
Rui Garrido, não seu exposição principiante da 40ª Ovibeja — que se realiza de 30 de Abril a 5 de Maio no Parque de Feiras e Exposições Manuel de Castro e Brito, em Beja —, dirigindo-se ao primeiro-ministro, Luís Montenegro, elencando alguns temas que impactam a atividade agrícola e outros relacionados com o protótipo organizacional dos serviços do Ministério da Cultura disse que “phá, portanto, evidente a urgência de construção de mais reservatórios de chuva no Sul de Portugal”.
Por outro lado, adiantou, “a teoria da geração de transvases, trazendo chuva das regiões para o Setentrião, onde a pluviosidade é bastante superior, para o Sul, ganha cada vez mais consistência e defensores. Certamente haverá impactos ambientais, económicos e sociais a calcular, mas é urgente a definição de uma política vernáculo e regional de recursos hídricos para Portugal”.
Para o presidente da ACOS, “nesta estratégia tem todo o cabimento a geração de pequenos regadios para pedestal ao sequeiro – onde a pecuária extensiva tem a sua grande frase – o qual, nunca poderemos olvidar, ocupa aproximadamente 85% da Superfície Agrícola Utilizada do Alentejo. É fundamental manter esta atividade económica sob pena de aumentar, ou já de si acentuado despovoamento, em todo nascente vasto território rústico.”
E frisou que “de uma vez por todas, têm que ser criados as condições, para atrair e manter os mais jovens. Além do tarefa, acresce a urgência de termos bons serviços de saúde, boa qualidade de ensino, uma oferta cultural diversificada e entrada fácil às novas tecnologias. Para que isto se torne verdade, é fundamental investimento público, sendo, portanto, imprescindível que a nossa gestão e o Governo (…) acreditem na sua urgência e o incluam nos programas de financiamento porvir, a muito duma verdadeira coesão territorial”.
Antes, Rui Garrido tinha alertado Luís Montenegro para o facto de a cultura se debater com o maravilha das alterações climáticas, “cujas consequências se agravam a cada ano que passa, constituindo, assim, um amplificador dos riscos associados às nossas actividades”.
“Sem chuva não há vida, sem chuva não há biodiversidade, sem chuva não há produção de víveres. A escassez de chuva leva ao desabrigo dos campos, à cessação da atividade agrícola e ao caminho para a desertificação. E, o que nos indicam os dados climáticos, é que a tendência será para uma menor pluviosidade e mais irregular, estando o nosso território cada vez mais exposto a fenómenos extremos e imprevisíveis. Os anos de seca serão mais frequentes e com períodos cada vez mais alargados”, realçou o presidente da ACOS.
Cultura e Mar