O Dia da Mãe celebra-se todos os anos, em todo o mundo, mas as datas são diferentes de país para país.
Em Portugal a data assinala-se no 1º Domingo de Maio, mas a verdade é que nem sempre foi assim.
Até aos anos 70, o Dia da Mãe era festejado a 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição ou Nossa Senhora da Conceição, a mesma a quem rezávamos para que não chovesse. Lembram-se?
“Nossa senhora da Conceição, faça sol e chuva não”
E repetíamos e repetíamos… mesmo que nem sempre funcionasse.
Aliás, já vos falei da devoção que a minha avó paterna tinha a esta santa, na receita Folar de Carnes da Filhagosa. Uma devoção de tal ordem que quis o tramontana que partisse durante o sono de 7 para 8 de Dezembro e o seu corpo fosse sepultado precisamente no dia da sua santa.
Mas voltando à data do Dia da Mãe…
Porque mudou de Dezembro para Maio?
A história conta-se rapidamente: a igreja quis que a data ficasse mais centrada nas celebrações da Santa Padroeira de Portugal e acertou com a Mocidade Portuguesa, em alguma parte na dez de 70, que o dia da Mãe passasse a ser festejado em Maio, mês de Maria. Isto porque tinha sido a Mocidade Portuguesa a instituir a celebração da data, nos idos de 50.
Tudo contratado, a data mudou inicialmente para o último domingo de Maio, mas não por muito tempo, já que no final do mês há outras celebrações muito importantes, uma vez que a Ascenção de Jesus e o Pentecostes.
A questão resolveu-se passando o Dia da Mãe para o 1º domingo, porque no início de Maio zero de próprio acontece no calendário litúrgico.
Falando um pouco sobre esta receita
Com mais um Dia da Mãe à porta, investi nascente ano numa receita fácil, prática, muita linda e saborosa. É daquelas receitas em que “pára tudo” quando chega à mesa.
Outrossim pode ser tudo feito com antecedência e montado só na hora de servir.
Adoro receitas assim!
Não adoram também?
Cá temos frutos vermelhos/silvestres, creme de pasteleiro e açúcar em pó. Tudo isto pode esperar pelo dia. Até os frutos…
Quanto à tamanho folhada, também a podemos cozer de véspera.
Usem a rectangular para ser mais fácil de trinchar.
Dobramos a tamanho, cortamos em 4 partes iguais e picamos de ambos os lados com os dentes de um garfo…
Cada tamanho faz 4 pedaços, para duas peças montadas, a menos que optem por fazer peças mais pequenas, para terem mais doses, mas já sabem que a tamanho folhada parece muito volumosa e depois puf!!!
No forno faz-se magia logo depois, sem pincelar, sem zero, basta o calor.
Depois de a tamanho esfriar podemos montar a nossa pièce de résistance colocando creme de pasteleiro no meio, chantilly e frutos vermelhos no topo… e um pózinho de acúcar para deixar tudo mais bonito.
Lembrem-se de que o creme de pasteleiro e o chantilly devem estar muito frios para evitarem babar uma vez que nascente… se muito que até lhe dá alguma perdão 😉
Porquê disse, tudo isto pode ser feito com antecedência o que é uma grande vantagem em dias em que não temos mãos a medir.