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O anúncio de uma Alexa “reformulada”, no meio do ano, deixou o mercado e alguns fãs de tecnologia animados. A assistente de voz mais famosa do mundo ganharia novas funções e passaria a soar mais natural!
Toda a expectativa, porém, foi murchando com o passar do tempo. A Amazon havia prometido lançar a novidade no outono americano (nossa primavera). Mas já estamos em novembro, ou seja quase no verão (inverno no Hemisfério Norte), e nada. As pessoas já estavam desconfiadas de que havia alguma coisa errada. Agora, uma reportagem da Bloomberg confirmou o adiamento.
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De acordo com a matéria, a estreia da Alexa Remarkable ficará para 2025 – sem data certa. Pode ser no começo, no meio ou até mesmo no fim do ano que vem. A Amazon estaria enfrentando alguns desafios técnicos em relação ao novo dispositivo.
A empresa mirou alto e projetou uma assistente de voz que seria capaz de bater de frente com o ChatGPT, por exemplo. Na prática, no entanto, a Alexa encontrou algumas dificuldades relativamente simples. Relatos apontam que a pequena máquina teve dificuldades para ligar luzes inteligentes e levou até seis segundos para responder algumas perguntas.
Ainda segundo a Bloomberg, alguns testadores disseram que a assistente teve “alucinações”. Ao fazer uma pergunta para a assistente, ela até deu a resposta, mas também falou sobre outros assuntos aleatórios e desconexos. Como se ela estivesse se exibindo. Nada muito grave, mas completamente desnecessário – e chato.
Uma Alexa mais “agentic”
- Apesar desses problemas e do adiamento, executivos da Amazon seguem confiantes em relação à novidade.
- De acordo com o Tech Crunch, o CEO da big tech, Andy Jassy, deu declarações animadas nesta semana, durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre:
“Acho que a próxima geração desses assistentes e aplicativos de IA generativa será melhor não apenas em responder perguntas e resumir, indexar e agregar dados, mas também em tomar ações. E você pode imaginar que seremos muito bons nisso com a Alexa”disse o chefão da companhia.
- Jassy acrescentou que a Amazon continua a “reestruturar o cérebro” da Alexa com “um novo conjunto de modelos básicos”.
- Declarou ainda que a empresa planeja revelar os detalhes “em um futuro próximo”.
- Nas palavras do CEO, a Alexa Remarkable será mais “agentic”.
- É um termo que vem sendo usado na IA generativa para bots que atuam quase como agentes autônomos.
- Eles podem executar um número muito maior de tarefas, além de tomar algumas decisões complexas, como agendar consultas, redigir e-mails ou até mesmo fazer um pedido de comida pelo aplicativo.
- A nova Alexa também deve entregar conversas mais naturais, sem que você precise ficar falando o nome dela toda vez.
- Isso tudo, porém, ainda está em fase de testes e ajustes – e corre o risco de ficar de fora do produto final.
Planos mensais
O que a Amazon já decidiu é que cobrará pela versão aprimorada de sua assistente de voz.
A Alexa está em mais de meio bilhão de casas no mundo todo, mas, mesmo assim, não dá lucros para a empresa. De acordo com o jornal The Wall Street Journal, a gigante da tecnologia perdeu US$ 25 bilhões em seus negócios de dispositivos desde 2017.
A explicação passa por um erro estratégico. A Amazon vendeu (ou deu em alguns casos) as suas caixinhas Echo pelo preço de fabricação na esperança de que os consumidores iriam comprar outros produtos da companhia a partir da assistente de voz.
Só que isso não aconteceu. No geral, as pessoas utilizam a Alexa apenas para funções básicas e gratuitas, como definir alarmes e perguntar a previsão do tempo.
Para tentar resolver esse problema, a Amazon vai passar a cobrar assinaturas de US$ 5 a US$ 10 pelo uso da nova Alexa. O plano de graça da velha Alexa, porém, vai continuar existindo.
Algumas pessoas acreditam que a estratégia vai dar errado de novo – e que as pessoas continuarão usando a versão gratuita. A Amazon, no entanto, tem outras preocupações no momento. E a primeira delas é fazer com que a novidade, pelo menos, funcione. Depois eles pensam na cobrança.
As informações são do The Verge.
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