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Creio poder afirmar que a série Life is Strange encontra-se orientada para um público-alvo muito particular. E, talvez por isso mesmo, tem feito relativo sucesso o que faz com que agora mais um episódio tenha sido lançado: Double Exposure. Nós já experimentamos. Venham ver o que achamos.
Desenvolvido pelos estúdios americanos Deck Nine, Life is Strange: Double Exposure mantém vivas as linhas orientadoras da série.
Como muitos de vós devem saber, Life is Strange já tem vários jogos na sua conta que apresentam dois aspetos fundamentais como base para as suas jogabilidades.
Por um lado, eles apresentam um forte foco na narrativa na forma de uma novela interativa. Por outro lado, o tema que eles abordam é, quase sempre, associado a mistérios cinzentos que terão que ser resolvidos usando vários poderes misteriosos que nosso personagem tem.
Doouble Exposure representa bem esse binômio, ou seja, tanto tem um quanto o outro, o que fará com que os apreciadores desse tipo de novela interativa possam ficar tranquilos. Por um lado, o diálogo entre os diferentes personagens permitem adquirir pistas e "caminhos" na história. Por outro lado, a constante necessidade de viajar entre essas duas realidades a fim de conseguir avançar na história. Essa é a grande e principal mecânica do jogo.
Tudo, ou praticamente tudo o que ocorre no jogo está intimamente relacionado com a viagem entre realidades e o jogo usa e abusa dessa mecânica. É também a principal diferença entre Double Exposure e os restantes jogos da série Life is Strange.
A história de Life is Strange: Double Exposure apresenta-nos (ou relembra-nos) Max Caufield, a nossa heroína e que é a personagem principal da série.
Max é funcionária da Universidade de Caledon da seção de fotografia e, segundo nos contamos no decorrer de Double Exposure, já superou grande parte dos traumas pelos quais passou. Traumas, inclusive a nível emocional.
Após uma noite de amigos, com Moses e Safi (também funcionários da Universidade), esta última morre de forma muito misteriosa. Um homicídio extremamente estranho e que mais se vai tornando à medida que as pistas se vão revelando, de uma forma, por vezes, demasiadamente lenta e penosa. Aliás, a trama apresenta várias reviravoltas interessantes e curiosas, incluindo a própria Safi mas... é melhor você descobrir por si mesmo.
Para quem jogou os jogos anteriores, saberá que Max já teve, antes um poder de retroceder no tempo. Neste momento, com esse poder perdido (por vários motivos), Max descobre um novo poder desencadeado por um conjunto de situações e estados anímicos: alternar entre realidades.
Com efeito, Max descobre que consegue alternar entre duas realidade distintas. Uma em que Safi se encontra viva e outra em que Safi se encontra morta.
Com os objetivos de, por um lado de descobrir quem matou Safi em uma realidade e, por outro lado de tentar evitar que Safi morra na outra realidade, Max parte assim em uma aventura de investigação que a levará a conhecer melhor os outros personagens da Universidade de Caledon. E não só...
Como eu mencionei, ao longo dos anos Max conseguiu reequilibrar sua vida (amorosa incluída), o que faz com que em Double Exposure você perceba uma garota mais madura e mais sensata mas... mais vulnerável e carente, simultaneamente. E isso vai sendo percebido nas sucessivas interações que ele vai tendo com os personagens principais do jogo.
Aliás, essas interações, bem escritas na maior parte dos casos, acabam por nos dar contexto em relação a motivações, interesses e... segredos... de cada um, assim como nos permitem ir criando suspeitas do que aconteceu antes e durante aquela fatídica noite.
Max enquanto investiga, também percebe alguns segredos que a universidade oculta, assim como algumas histórias pessoais mais obscuras de alguns dos personagens.
Para que os jogadores não se percam nas realidades em que se encontram a qualquer momento, a Deck Nine implementou uma áurea diferenciada (e com tons distintos) entre a realidade em que Safi está morta e a realidade em que está viva. Porém, com tantas trocas em certas ocasiões, fica fácil demais perder a noção.
Double Exposure, assim como nos jogos anteriores, tem o dom de nos presenciar uma gama de personagens e respectivas tramas que tem o dom de nos manter na dúvida até bem perto do fim. Final esse que deixa algumas portas em aberto...
E por falar em aberto, existem várias opções de diálogo/ações que ao longo do jogo Max tem de assumir e esse conjunto de interações vai limitando a forma como o Mundo vê Max e como a sua investigação se vai desenrolando.
Os detalhes são importantes em Double Exposure e havendo poucas conversas inférteis fica-se em muitos momentos de diálogo, com a sensação de que as nossas ações são apenas decorativas e com impacto reduzido no decorrer da história.
voltando ao ema da alternância entre realidades, esse aspecto tem o dom de adicionar uma nova dimensão de possibilidades que a Deck Nine consegue aproveitar de forma bem interessante. À medida que Max alterna entre as duas realidades, cada vez mais diferentes entre si, os jogadores irão conseguir completar quebra-cabeças bastante interessantes, como por exemplo quando Max interage com o laboratório do seu amigo Moses, para despistar um detetive que o está a investigar.
No entanto, e apesar de bem explorada, esta dinâmica acaba por pecar um pouco por se tornar algo monótona. Basicamente a dinâmica consiste em observar, mudar de realidade, interagir com algo (ou apanhar determinado objeto), voltar à realidade.
Sendo uma novela interativa, é claro que existem alguns aspectos do jogo que têm particular importância. Por exemplo, o capitulo sonoro e de vozes ou as animações dos personagens. Double Exposure não decepciona mas também não causa nenhum estado de graça. Os gráficos estão francamente bons e as animações dos personagens aceitáveis enquanto que no capitulo sonoro, o trabalho de vozes está quase irrepreensível. A tradução para o português do brasil é que, às vezes, parece não ter sido muito bem feita.
Ainda em relação o aspecto sonoro, e apesar das vozes estarem francamente boas, os sons de fundo (ou ausência deles em muitos casos) acabam por afastar alguma ligação com o espaço circundante.
Um outro aspecto curioso e bastante bem implementado na história do jogo, é o tema das redes sociais e como as tecnologias invadiram nossas vidas. A inclusão de acesso a um tipo de rede social através do Smartphone de Max, além de fazer sentido, nos permite ir aferindo melhor dos diferentes personagens e respectivas motivações.
E isso é importante pois permite a Max e ao jogador descobrir novas pistas, motivações, segredos dos restantes personagens (incluindo Safi) na tentativa de deslindar o mistério da morte da nossa amiga.
Uma palavra final para a carência afetiva que ao inicio referi, acerca de Max. Com efeito, Double Exposure permite ao jogador explorar um pouco essa carência ee desenvolver relacionamentos mais íntimos... e sem restrições.
Life is Strange: Double Exposure é um digno sucessor da série Life is Strange. Narrativa interessante, poder novo bem explorado, e personagens interessantes fazem do jogo aquilo que os fãs da série querem encontrar.
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