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O Brasil e as Nações Unidas lançaram um novo esforço internacional para combater a desinformação sobre as mudanças climáticas. Eles anunciaram a Iniciativa Global para Integridade da Informação sobre Mudanças Climáticas durante a Cúpula dos Líderes do G20 que acontece no Rio de Janeiro, Brasil.
É uma colaboração entre governos e organizações internacionais para impulsionar a investigação sobre a desinformação que circula online e em todo o mundo e que temem que possa retardar a acção sobre as alterações climáticas. Ainda não há muita informação disponível, mas eles dizem que financiarão esforços de organizações sem fins lucrativos para combater essa propagação de mentiras.
“Os países não podem resolver este problema individualmente”, disse o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, num comunicado de imprensa.
“Os países não podem resolver este problema individualmente.”
Apenas Chile, Dinamarca, França, Marrocos, Reino Unido e Suécia juntaram-se ao Brasil na iniciativa até agora. Espera-se que os países que assumam o compromisso contribuam para um fundo administrado pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). O objectivo inicial é conseguir a adesão de mais países e angariar 10 a 15 milhões de dólares nos próximos três anos. O dinheiro deverá então ser distribuído a organizações sem fins lucrativos como subvenções para apoiar pesquisas e campanhas de sensibilização pública sobre a desinformação climática.
Eles ainda não nomearam nenhum grupo específico com o qual planejam trabalhar; “pedidos para parcerias” estão por vir. Algumas organizações ambientais já estão a trabalhar em conjunto para estudar a desinformação e pressionar por medidas que impeçam a sua propagação, como a coligação Ação Climática Contra a Desinformação, que publica relatórios sobre tendências de desinformação e defende uma moderação de conteúdo mais rigorosa.
Uma página web da nova iniciativa global afirma que a desinformação ambiental está “se espalhando cada vez mais através das redes sociais, aplicativos de mensagens e IA generativa”. Isto tem consequências “graves”, afirma: “mina o consenso científico, obstrui a capacidade das autoridades de responder eficazmente à crise e ameaça a segurança dos jornalistas e dos defensores ambientais que trabalham nas linhas da frente”.
Os funcionários da FEMA enfrentaram ameaças violentas nas redes sociais após o furacão Helene nos EUA, por exemplo. As contas que divulgavam desinformação sobre a tempestade e a FEMA também estavam ligadas a conteúdos que negavam as alterações climáticas, de acordo com uma análise do Instituto para o Diálogo Estratégico (ISD) em Outubro. Postagens acusaram infundadamente a FEMA de apreender propriedades privadas e confiscar doações – mentiras que corriam o risco de dissuadir os sobreviventes da tempestade de solicitar assistência e que levantavam temores de que o pessoal da FEMA pudesse enfrentar ataques.
O Secretário-Geral das Nações Unidas, António Guterres, também expressou as suas preocupações durante os comentários de hoje, tanto na cimeira do G20 como numa conferência da ONU sobre alterações climáticas, actualmente em curso. “Devemos também combater a desinformação climática”, disse Guterres. “Nosso clima está em um ponto de ruptura.”
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