Empresa de tecnologia processada por acionistas por interrupção global de TI #ÚltimasNotícias

A CrowdStrike está sendo processada por seus acionistas depois que uma atualização de software defeituosa da empresa de segurança cibernética derrubou mais de oito milhões de computadores e causou caos ao redor do mundo.

O processo acusa a empresa de fazer declarações “falsas e enganosas” sobre seus testes de software.

O relatório também afirma que o preço das ações da empresa caiu 32% nos 12 dias após o incidente, causando uma perda de valor de mercado de US$ 25 bilhões (£ 14,5 bilhões).

A CrowdStrike nega as acusações e diz que se defenderá da ação coletiva proposta.

Enquanto isso, a empresa disse que os computadores afetados pela enorme paralisação global de TI estão efetivamente de volta ao normal.

A empresa sediada nos EUA declarou que, às 17h, horário local, de segunda-feira, 29 de julho (00:00, terça-feira GMT), a interrupção foi corrigida — dez dias após o início do incidente.

O processo aberto no tribunal federal de Austin, Texas, alega que os executivos da CrowdStrike fraudaram investidores, fazendo-os acreditar que as atualizações de software da empresa foram testadas adequadamente.

O processo busca uma quantia não especificada de compensação para investidores que possuíam ações da CrowdStrike entre 29 de novembro e 29 de julho.

Ele cita o presidente-executivo George Kurtz, que disse em uma teleconferência em 5 de março que o software da empresa foi “validado, testado e certificado”.

A CrowdStrike disse à BBC News que contesta as alegações.

“Acreditamos que este caso não tem mérito e defenderemos vigorosamente a empresa”, disse um porta-voz.

Enquanto isso, o presidente-executivo da Delta Air Lines, Ed Bastian, disse em uma entrevista ao canal de notícias de negócios CNBC que a interrupção causada pela paralisação custou à companhia aérea US$ 500 milhões, incluindo perda de receita e indenização aos passageiros.

A Delta teria contratado um advogado de destaque e está se preparando para buscar indenização da CrowdStrike.

A atualização defeituosa de 19 de julho travou 8,5 milhões de computadores Microsoft Windows ao redor do mundo. A interrupção interrompeu negócios e serviços, incluindo companhias aéreas, bancos e hospitais.

Em uma análise detalhada do incidente, a CrowdStrike disse que havia um “bug” em um sistema projetado para garantir que as atualizações de software funcionassem corretamente.

A CrowdStrike disse que a falha fez com que “dados de conteúdo problemáticos” em um arquivo não fossem detectados.

A empresa disse que poderia evitar a repetição do incidente com melhores testes e verificações de software, incluindo mais análise dos desenvolvedores.