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(Reuters) – Gigantes globais da tecnologia reduziram pela metade suas emissões de voos executivos em 2023 em comparação a 2019, mas empresas como a Apple e a Alphabet, controladora do Google, estão ficando para trás, correndo o risco de retornar aos níveis pré-pandêmicos, disse uma ONG sediada em Bruxelas em um relatório.
As viagens de negócios no ano passado se aproximaram dos níveis pré-pandemia, mas ficaram atrás das viagens de lazer, já que conflitos geopolíticos e uma recuperação mais lenta nos principais mercados dificultaram a recuperação total.
As emissões de voos corporativos de 26 grandes empresas de tecnologia analisadas pela Travel Smart, uma campanha liderada pela Transport & Environment (T&E), caíram em média 49% em 2023, segundo a pesquisa.
Embora isso mostre que muitas empresas de tecnologia estão no caminho certo, apenas sete definiram metas de redução específicas que são essenciais para manter o número de voos executivos sob controle, disse a T&E.
A Alphabet, que não estabeleceu uma meta para cortar emissões, e a Apple, que estabeleceu uma meta mais ampla, estão lentamente retornando aos níveis de 2019, disse a T&E.
Os dois estavam entre os de pior desempenho, com reduções nas emissões de viagens corporativas de apenas 23% e 31% em 2023, respectivamente.
“Como (o chefe do Google) Sundar Pichai pode dizer que o Google está progredindo para um futuro sustentável quando suas emissões de viagens estão indo na direção errada?”, disse Denise Auclair, gerente de viagens corporativas da T&E.
Microsoft, IBM e SAP, apesar dos cortes significativos, também correm risco, pois estão entre as empresas que mais voam sem ter definido metas de redução, disse a T&E.
“As empresas de tecnologia afirmam ser líderes climáticas há muito tempo e muitas reduziram substancialmente suas emissões de viagens de negócios, mas se quiserem ser confiáveis, devem definir metas de redução”, acrescentou Auclair.
Questionada sobre seu desempenho, a Apple disse que já reduziu suas emissões de gases de efeito estufa em mais de 55% desde 2015, como parte de sua meta de se tornar neutra em carbono até 2030.
“Estamos conseguindo isso fazendo reduções em toda a nossa pegada de carbono — incluindo viagens de negócios — e implementando cortes significativos nas maiores fontes de nossas emissões”, disse um porta-voz da Apple à Reuters.
Outras empresas não estavam imediatamente disponíveis para comentar.
(Reportagem de Dagmarah Mackos; Edição de Aurora Ellis)
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