guerra no PCC tem potencializador de celular #ÚltimasNotícias

O aparelho estava na cela do preso Rafael Vinícius Vargas Sturaro, 31, o Malcriado, uma das lideranças do PCC.

O chamado potencializador de celular foi percebido pelo GIR (Grupo de Intervenção Rápida), a tropa de choque da SAP (Secretaria Estadual da Administração Penitenciária), durante o cumprimento de um mandato de busca.

Segundo o Gaeco (Grupo de Atuação Especial e de Combate ao Crime Organizado) de Araçatuba, subordinado ao MP-SP, Malcriado e os comparsas presos receberam o equipamento para ordenar as mortes de rivais e controlar o tráfico de drogas no município.

Escutas telefônicas autorizadas pela Justiça apontaram que Malcriado liderou a Esquina Maluca, principal ponto de venda de drogas do PCC na região. O grupo dele estava em guerra com o núcleo criminoso conhecido como Paredão, coordenado por Wellington Vieira Matos, o Reré.

Em um dos diálogos interceptados, em 11 de julho, Malcriado admitiu para uma mulher que as mortes de dois caras identificados como Matheus e Kaoan e a tentativa de homicídio de Thaís, irmã de Reré, no bairro São José, foram obra do grupo criminoso dele.

Em outra conversa com a mesma mulher, em 21 de julho, Malcriado orienta sua amiga a ficar atenta e a não sair de casa por causa da guerra.

Ele avisa que os comparsas mataram dois rivais na rua Paulino Gatto, ponto de droga da Esquina Maluca. “É os pilantra lá memo [sic]. Nós que pegamos [sic]”, comentou.

Para o Gaeco, antes da racha entre os líderes Marco Willians Herbas Camacho, 56, o Marcola, e Roberto Soriano, 50, o Tiriça, o PCC exerce o monopólio do tráfico de drogas no estado, mas agora há conflitos internos na facção em vários locais, como Araçatuba, o que não acontecia há décadas.