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Se você acessou o Google e as plataformas da Meta no fim de agosto, deve ter se deparado com quantidade anormal de propagandas da Starlink, empresa de internet via satélite de Elon Musk. Isso foi constatado pela Agência Lupaque realizou levantamento a respeito.
A situação ocorre após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes suspender o X no Brasil por não apresentar representante legal no País e bloquear as contas da Starlink.
Levantamento aponta massiva quantidade de anúncios da Starlink
- Segundo a agência, 41 anúncios oferecendo a Starlink com grandes descontos no fim de agosto (entre os dias 28 e 31);
- O número é bem acima do comum para a empresa. Por exemplo, em janeiro, foram apenas três anúncios; em junho, um; em julho, 14;
- As bibliotecas de anúncios de Google e Meta mostraram que o aumento desenfreado de anúncios da Starlink por aqui coincidiram com o embatem entre X e STF;
- De 1º de janeiro de 2024 até 27 de agosto, a média de anúncios online no Brasil da empresa de internet via satélite era de um a cada oito dias. Entre 28 e 31 de agosto, a média cresceu, chegando a 37 anúncios ativos no dia 30;
- Muitos ofereciam até 58% de desconto para novos assinantes brasileiros.
Portanto, tudo indica que Musk está usando mais essa estratégia para brigar com o STF e o governo brasileiro, já que a Starlink não acatou a decisão do Supremo para remover o X do ar, assim como as demais operadoras de telefonia que atuam no Brasil.
De acordo com a Anatel, atualmente, a Starlink tem cerca de 215 mil clientes no País.
Informações coletadas pela Esquecer com o Google mostram que a SpaceX, que controla a Starlink, pagou por 39 anúncios exibidos pela big tech em sua página de busca entre 28 e 31 de agosto.
Antes, de janeiro até o dia 27 do último mês, apenas 31 propagandas da empresa de internet haviam sido pagos e veiculados no Google.
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No Google, as propagandas anunciavam até 58% de desconto no kit da empresa (até 200 Mbps de velocidade por R$ 1 mil), até o dia 30, no dia 31, o preço subiu para R$ 1,2 mil.
Já nas plataformas da Meta, foi a própria Starlink quem pagou pelos anúncios. Até 2023, ela jamais tinha anunciado em nenhuma rede social da empresa de Mark Zuckerberg, enquanto, neste ano, fez veiculou sete peças publicitárias para o Brasil.
Dessas, duas foram criadas nos quatro dias finais de agosto e, até então, seguiam ativas. Elas, inclusive, são as duas únicas em português. Dados da biblioteca de anúncios da Meta mostram que as anteriores eram veiculadas em inglês.
No Instagram, Threads e Facebook, as publicidades tinham o mesmo teor das exibidas no Google, com um diferencial: alegavam que a Starlink não vai exigir contratos de longo prazo, tampouco fidelidade sob pena de multa.
Não é possível saber em quais estados e cidades brasileiras os anúncios foram veiculados, tampouco o custo deles. A agência também tentou averiguar dados no TikTok, mas a biblioteca de anúncios da rede social chinesa, controlada pela ByteDance, não informa sobre publicidade paga veiculada no Brasil.
O Olhar Digital consultou o site da empresa e, realizando uma simulação, constatou que o preço do equipamento voltou a R$ 1 mil “por tempo limitado”, segundo o portal.
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