
Tudo sobre Elon Musk
Em 28 de janeiro de 2024, o americano Noland Arbaugh, de 30 anos, se tornou o primeiro paciente da Neuralink.
Vale ressaltar que ele não foi o primeiro ser humano a colocar um chip no cérebro. Mas o caso ganhou os holofotes, principalmente, por se tratar de uma empresa do bilionário Elon Musk. Além do roupa de que, sim, a startup trabalhou com tecnologia de última geração, aglutinando o conhecimento de outras pesquisas que já tinham sido feitas antes.
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Passados quase 180 dias do procedimento, a questão que fica é: porquê será que está vivendo o Noland?
Nós, do Olhar Do dedorelatamos cá o susto quando 85% dos fios se soltaram do cérebro do paciente. A Neuralink, porém, adequou o programa e não foi necessária uma segunda cirurgia.
Passados mais alguns meses, Noland Arbaugh está muito e o chip segue funcional. Ele conversou com a equipe do site Scientific American e reproduzimos agora o que de mais importante ele disse na entrevista.

O que ele sente?
“Se eu tivesse perdido a memória, acordasse e você me dissesse que havia um pouco implantado em meu cérebro, provavelmente não acreditaria em você”afirmou à reportagem.
- Segundo Arbaugh, ele só percebe que o chip está lá quando alguém pressiona a espaço da cabeça onde ele foi implantado.
- Ele também lembra do chip, simples, quando consegue movimentar o cursor do computador com o “poder da mente”.
- O varão de 30 anos ficou tetraplégico em 2016, quando bateu a cabeça enquanto nadava em um lago.
- Antes da cirurgia, ele até usava o computador, mas por comandos de voz ou usando um haste bucal em uma tela sensível ao toque.
- Agora, ele tem mais autonomia para fazer isso.
- O paciente declarou que se sente grato por tudo e que a experiência o ajudou a se “reconectar com o mundo”.
O que ele faz no dia a dia?
O paciente usa o chip por murado de 8 a 10 horas diariamente. Nesse período, ele participa de testes propostos pela Neuralink, além de velejar pela internet, usar as redes sociais e jogar videogame.
Tem que ser jogos mais parados, por assim expor. Ou xadrez. E nisso eu me identifico muito com o Noland. Um dos games favoritos dele é Civilization VI, que não sai da minha livraria. Aliás, estou prestes a ter uma vitória cultural com os babilônios. Mas enfim…
Para jogar e mexer no computador, o paciente precisa movimentar o cursor do mouse e ele faz isso com o “poder da mente”, porquê escrevi lá detrás.
Mas porquê isso funciona? O próprio Noland explicou para a Scientific American que existem duas maneiras de movimentar o cursor:
- Ou ele faz uma força no músculo que não responde mais, tentando movimentar o membro paralisado;
- Ou ele olha para aquela setinha e imagina o lugar para onde ele quer que ela vá.
É bastante difícil para a gente riscar isso na nossa cabeça. Porque é um pouco que não estamos acostumados e que nunca vimos ou vivemos. Mas o paciente um garante que não é difícil. Segundo ele, é um pouco bastante intuitivo – e que ele aprendeu a fazer em uma semana.
A única dificuldade, segundo Arbaugh, é que o chip pode descarregar durante as atividades. Aí ele precisa vestir um “chapéu carregador”. Mas zero que o incomode tanto.

Próximos passos
O projeto de Noland Arbaugh com a Neuralink deve porfiar um pouco em torno de 6 anos. E ele está disposto a continuar contribuindo com a empresa, mesmo que o seu sonho de voltar a andejar não se realize.

Na entrevista, Noland disse que sabe disse e que, mesmo assim, está tranquilo. Afirmou que tem um propósito firme, quase uma missão de vida: melhorar a tecnologia para os outros que vierem depois.
A empresa de Elon Musk, aliás, já está procurando um segundo paciente para testes – obteve até aprovação das autoridades americanas de saúde.
Que bom que o Noland está muito. E que ele possa vencer muitas outras partidas de Civilization.
A entrevista foi feita pelo site Scientific American.