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porquê um dos maiores lagos do mundo deu origem a um deserto?

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O Mar de Aral é, na verdade, um lago compartilhado entre os países Cazaquistão e Uzbequistão, na Ásia, que costumava ser o quarto maior do mundo. Entretanto, desde 1960 o Mar de Aral perdeu 90% de seu tamanho original.

Ao sudeste do lago, a chuva deu lugar a Aralkum, um dos mais novos desertos do mundo. Dunas também surgiram a partir de areias sopradas pelo vento e vindas de regiões do lago que secaram.

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Mar de Aral: porquê um dos maiores lagos do mundo virou um deserto

Para a Organização das Nações Unidas (ONU), a história do Mar de Aral é um alerta sobre a exploração incessante sobre recursos naturais. Apesar da vastidão do lago, ele acabou. Um dos ex-secretários-gerais da ONU, Ban Ki-moon, depois de uma visitante ao Uzbequistão, classificou a região com “um dos piores desastres ambientais do planeta”.

A redução do Mar de Aral resulta da exploração excessiva dos rios que alimentavam o corpo d’chuva para projetos de rega em larga-escala, em próprio de algodão. Os dois maiores rios da região alimentados por precipitação e derretimento do gelo das montanhas eram usados para as irrigações.

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Foto: Ismael Alonso/Flickr

Do turco, o linguagem lugar, “aral” quer expressar “ilhota“. O nome faz referência ao pretérito do corpo d’chuva, quando o corpo d’chuva contava com mais de milénio ilhas. O lago chegava a 20 metros de profundidade e se estendia por uma espaço de 68 milénio quilômetros quadrados. O declínio do Mar de Aral teve início nos anos 60, e ele secou em 2010. Cidades portuárias foram abandonadas, e comunidades perderam sua manancial de sustento.

O que restou das margens do lago revelam uma paisagem inóspita. As brisas geladas e as ondas suaves deram lugar a tempestades de areia e poeira, o que impacta a qualidade do ar. Com a subtracção do Mar de Aral, a salinidade da região cresceu de forma alarmante. Em alguns casos, a poeira salgada carregada pelo vento alcançou campos e degradou o solo.

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Foto: Arian Zwerger/Flickr

Ou por outra, a perda da influência moderadora de um corpo d’chuva tão grande tornou os invernos mais frios e os verões mais quentes e secos. Hoje, as temporadas de calor na região ultrapassam 45ºC, enquanto as de insensível têm temperaturas congelantes.



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