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Uma ação coletiva movida contra a Apple na Califórnia acusa a empresa de remunerar menos a mais de 12 milénio funcionárias do que o valor pago aos homens com empregos comparáveis. As informações são da Reuters.
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O processo foi feito na última quinta-feira (14), o tribunal estadual de São Francisco por duas mulheres que trabalham na Apple há mais de uma dez. Elas alegam que a empresa paga sistematicamente menos para mulheres do que para os homens em suas divisões de engenharia, marketing e AppleCare.
A Apple baseia o salário inicial dos trabalhadores em seus salários em empregos anteriores ou em suas “expectativas salariais”, o que resulta em salários mais baixos para as mulheres, conforme a denúncia.
O processo também alega que o sistema de avaliação de desempenho da Apple, que utiliza para definir aumentos e bônus, é tendencioso contra as mulheres.
A Apple, com sede em Cupertino, Califórnia, disse em expedido que está comprometida com a inclusão e a paridade salarial.
“Desde 2017, a Apple alcançou e manteve a paridade salarial entre homens e mulheres e todos os anos fazemos parceria com um profissional independente para examinar a remuneração totalidade de cada membro da equipe e fazer ajustes, quando necessário, para prometer que mantemos a paridade salarial”, afirmou a empresa.
Eve Cervantez, advogada dos demandantes, disse que as práticas da Apple perpetuam e ampliam as disparidades salariais existentes entre homens e mulheres. “Esta é uma situação sem saída para as funcionárias da Apple”, disse Cervantez em expedido.
Lei na Califórnia proíbe fundar pagamentos no histórico salarial
- Desde 2018, a Califórnia proíbe os empregadores de perguntar aos candidatos a ofício sobre seu histórico salarial, visando varar disparidades salariais com base em sexo e raça.
- O processo diz que a Apple se baseia nas expectativas salariais dos candidatos para definir seus salários.
- Uma vez que a maioria dos trabalhadores fornece um valor parecido ao que ganhavam no seu último ofício, a prática tem o mesmo efeito de perpetuar as disparidades salariais, afirma o processo.
O processo acusa a Apple de violar a Lei de Paridade Salarial da Califórnia, que proíbe a discriminação sexual no pagamento, e as leis estaduais que proíbem preconceitos sexuais no lugar de trabalho e práticas comerciais injustas.
Uma das demandantes, Justina Jong, também afirma que a Apple se recusou a transferi-la para uma equipe dissemelhante depois que ela reclamou de assédio sexual por segmento de um colega de trabalho. A reportagem da Reuters não trouxe mais detalhes sobre essa denúncia.