O dia 11 de setembro de 2001 ficou marcado na memória de muitos. Mas, para além da memorial, existem sequelas de saúde que persistem e aparecem ao longo do tempo porquê consequência desse ataque. Para as pessoas que estavam em serviço durante a queda das imponentes Torres Gêmeas, a demência é uma delas.
Uma novidade pesquisa publicada na JAMA Network Open revela que socorristas mais expostos à poeira tóxica presente nos escombros correm maior risco de desenvolver a quesito precocemente.
Exposição a poluentes tóxicos no 11 de setembro
Durante o período que precedeu o ataque do 11 de setembro, os socorristas relataram exposição significativa a poeira e partículas que causaram problemas gastrointestinais e respiratórios agudos, além de impactos negativos na função pulmonar.
Segundo os pesquisadores, a poeira das Torres Gêmeas continha neurotoxinas. A exposição prolongada a ela pode ter contribuído para o desenvolvimento precoce de demência.
Demência precoce pode brotar mais cedo nos socorristas do 11 de setembro
- Os pesquisadores analisaram os níveis de exposição a toxinas e as taxas de demência em 5.010 pessoas que estavam em serviço no 11 de setembro.
- Quando o estudo começou, os participantes tinham em média 53 anos e a maioria era varão (91,3%).
- Do totalidade, 228 casos de demência antes dos 65 anos foram identificados até 2022.
- O risco de desenvolver a quesito aumentou conforme o nível de exposição a toxinas: ligeiro (12 vezes maior), subida (30 vezes maior) e severa (42 vezes maior).
- Cada vez que os níveis de exposição aumentaram, houve 42% mais chance de desenvolver demência cedo, comparado com trabalhadores expostos a níveis mais baixos.
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O estudo concluiu que os socorristas em serviço no 11 de setembro têm um risco maior de desenvolver demência antes dos 65 anos, comparado com aqueles que não foram expostos ao pó e/ou usaram equipamento de proteção individual (EPI) eficiente. Isso quer expor que as consequências da exposição à poeira tóxica podem ser evitadas com o uso adequado dos instrumentos de segurança.
Os desastres muitas vezes exigem uma resposta emergente em condições perigosas, mas o uso confiável de EPI pode ajudar a prevenir o surgimento de demência antes dos 65 anos entre indivíduos expostos ao colapso descontrolado de um prédio.
Trecho da pesquisa