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Por Felipe Merkel, Gerente de Projetos e Operações da Viasat
Quando o primeiro satélite sintético foi disposto em trajectória terrestre, o Sputnik 1, ele vagava sozinho de outros, com literalmente todo o espaço a seu dispor para ir e vir. Segundo um relatório do Escritório das Nações Unidas para Assuntos do Espaço Sideral (UNOOSA, em inglês), ao final de 2022 estavam registrados mais de 14 milénio satélites na lista de lançamentos, com previsão de outros 100 milénio a ocupar novos espaços durante a próxima dez.
Levante oferecido envolve exclusivamente os satélites registrados nas Nações Unidas, o que certamente aumenta o número totalidade se você pensar que podem viver outros de países que não estão na lista. Ao todo são 67 anos de lançamentos, que nos últimos tempos passaram a ocorrer mais de uma vez por semana, levando algumas dezenas de objetos de uma só vez.
Nem todo satélite dura bastante em trajectória e a vida útil depende muito de onde ele está, qualidade de construção, a eficiência dos sistemas de controle de atitude e propulsão e a capacidade de seus sistemas de força, geralmente baseados em painéis solares e baterias. O próprio sistema de propulsão pode reduzir leste tempo. Em trajectória baixa (LEO, em inglês) a resistência atmosférica e o maior uso dos sistemas de propulsão tendem a encurtar o tempo de operação e ele pode variar entre cinco e 10 anos. Já os de trajectória geoestacionária (GEO, em inglês) sofrem menos arrasto e assim seguem trabalhando por até 20 anos.
Satélites, foguetes e até ferramentas perdidas viram lixo espacial
O direcção dos satélites pode ser dividido entre dois principais: deixar que fiquem girando pela Terreno, ou esperar que a sisudez e a queda oriundo da trajectória façam o trabalho de trazê-los para o planeta, sendo totalmente desintegrados muito antes de sequer chegarem nas nuvens. O problema está no primeiro exemplo e isso é chamado de lixo espacial.
Os satélites desativados não são os únicos vilões, pois até mesmo estágios de foguetes descartados, fragmentos resultantes de colisões ou desintegrações incompletas e até ferramentas perdidas por astronautas giram junto. A estimativa é que existem milhões de peças de lixo espacial variando de tamanho, indo desde um pequenino pedaço com milímetros, até metros de um satélite inteiro quando inoperante.
Pensando em trajectória baixa, a velocidade dos objetos para ficarem por lá é de tapume de 28 milénio quilômetros por hora. Um objeto perdido, ou lixo espacial, que está por lá e ainda não foi desintegrado, circula a Terreno 16 vezes a cada 24 horas e faz isso mais de três vezes mais rápido do que um disparo de fuzil AR-15 (tapume de 3,5 milénio km/h).
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Até a Estação Espacial Internacional está em risco
É mais do que o suficiente para danificar seriamente ou destruir satélites ou espaçonaves (incluindo a Estação Espacial Internacional) que estiverem no caminho do objeto. Com isso, os problemas também envolvem comunicações globais, reparo da Terreno e pesquisas científicas. Outrossim, existe o risco de que colisões em enxovia possam gerar mais detritos de inúmeros tamanhos, exacerbando o problema em um cenário espargido uma vez que síndrome de Kessler. Em outras palavras, podemos ter dois objetos colidindo e gerando outros milhares de novas partes que vão aumentar ainda mais os riscos de colisão – praticamente um efeito em enxovia.
Estes objetos são monitorados por agências internacionais uma vez que o Comitê de Coordenação de Detritos Espaciais Interagências (IADC, em inglês), ou mesmo as regionais, uma vez que a Escritório Espacial Europeia (ESA, em inglês) e seu programa devotado chamado Space Debris Office, o Comando Espacial dos Estados Unidos tem o seu, chamado de Sistema de Vigilância Espacial (SSN, em inglês).
Empresas privadas também monitoram os detritos, uma vez que a LeoLabs, focada em baixa trajectória, ClearSpace, que também trabalha em formas para remover os detritos, Astroscale, que faz mais ou menos a mesma coisa e tenta aumentar a vida útil dos satélites, e a Kayhan Space, criada para ajudar no cômputo de caminhos para evitar colisões com o lixo espacial.
Regulamentação do setor é alguma coisa vital para a sustentabilidade do ecossistema
Estas empresas e agências pesquisam, testam e já utilizam alguns meios para mourejar com o lixo espacial uma vez que redes, harpas e veículos de arrasto que se aproximam e removem detritos. Os objetos podem ser empurrados para queimar na reentrada na Terreno, ou levados para o que chamamos de “trajectória cemitério”.
O lixo espacial representa tanto uma prenúncio significativa quanto um duelo multíplice para a exploração espacial e a segurança global. A gestão eficiente desse problema exige uma abordagem multifacetada que inclui avanços tecnológicos, cooperação internacional e regulamentações robustas. Ao enfrentar esses desafios, a comunidade global pode prometer a sustentabilidade das atividades espaciais futuras, protegendo os recursos orbitais valiosos para as gerações vindouras.