Valve só vai resolver disputas com usuários do Steam nos tribunais #ÚltimasNotícias #tecnologia

Caso você use o Steam e se veja tendo algum problema legal com a Valve, é bom estar preparado para levar o caso aos tribunais. Uma mudança recente no acordo de usuários da plataforma prevê que a companhia não vai mais usar cortes de arbitragem ou sistemas internos para resolver problemas com consumidores.

Antes de isso acontecer, a companhia trabalhava com cláusulas que exigiam que qualquer problema fosse decidido por uma corte de arbitragem. Geralmente isso envolvia a pessoa afetada e um representante da empresa participando de várias reuniões com uma entidade privada terceira, que seria a responsável por decidir como a situação seria resolvida.

Embora fosse mais ágil do que um processo judicial normal, a maneira como a Valve lidava com problemas legais do Steam não era imune a críticas. Além de processos de arbitragem tenderem a dar mais poder para grandes corporações (que decidem com quais entidades externas trabalham), eles nem sempre combinam com as leis próprias de alguns países nos quais a plataforma opera.

Valve procura novas soluções para os problemas do Steam

Até o momento, a Valve não divulgou oficialmente qual foi o motivo que resultou na mudança dos termos do Steam. No entanto, alguns casos envolvendo empresas como a Comcast e a AT&T, que também trabalhavam com sistemas de arbitragem, podem dar dicas da razão para a ação da empresa.

Nos Estados Unidos, advogados que representam consumidores descobriram que essas companhias não têm times legais grandes o bastante para lidar com vários pedidos de uma única vez. Assim, em vez de entrar com pedidos de acordos coletivos, eles começaram a recomendar que seus clientes entrassem com várias requisições individuais em um curto período de tempo.

Uma das maiores prejudicadas por isso foi a DoorDash, que teve que pagar milhões em contas de advogados após receber mais de 6 mil pedidos em um curto espaço de tempo. A própria Valve também foi alvo de uma ação semelhante coordenada pela Zaiger, que iniciou um processo de violações antitruste em nome de mais de 50 mil consumidores.

Na época em que isso aconteceu, a criadora do Steam se defendeu afirmando que estava sendo vítima de um procedimento conduzido de má fé. Em uma série de slides, ela mostrou que o pequeno escritório chegou a recrutar consumidores afirmando que a ação era uma “oportunidade de negócios” que poderia render centenas ou milhares de dólares.

Fonte: PC Gamer