A presença de microplásticos e nanoplásticos nos testículos humanos pode estar relacionada à infertilidade masculina, segundo estudo publicado na revista Ciências Toxicológicas. Segundo os investigadores, estes pedaços microscópicos de plástico não só podem ser encontrados na fluente sanguínea, na placenta ou no leite materno dos humanos, com consequências para a saúde cuja extensão ainda é desconhecida, mas a sua presença no aparelho reprodutor masculino pode estar relacionada com a subtracção do número de sêmen em pessoas com pênis.
O objetivo deste estudo foi “quantificar e caracterizar a prevalência e formação de microplásticos em testículos caninos e humanos e investigar possíveis associações com a escrutínio de espermatozóides e peso dos testículos e epidídimo (um órgão localizado supra de cada testículo onde os espermatozoides são armazenados e terminam amadurecendo). Em seguida examinar 23 testículos humanos e 47 testículos caninos, os pesquisadores constataram a presença de 12 tipos diferentes de microplásticos.
O motivo
Estas pequenas partículas de plástico são o resultado do lixo de resíduos no oceano durante décadas

Voluntários recolhem microplásticos despejados no mar
Para encontrar estes microplásticos nos testículos de cães e humanos, os investigadores utilizaram um processo chamado pirólise com cromatografia gasosa e espectrometria de tamanho (Py-GC/MS) que lhes permitiu separar os tecidos destas pequenas partículas de plástico utilizando equipamentos de subida qualidade. sensibilidade. Os resultados têm sido alarmantes para os pesquisadores: microplásticos foram encontrados em todos os órgãos utilizados para o estudo, tanto humanos quanto caninos. Outrossim, níveis médios mais elevados foram observados em testículos humanos.
Estes resultados revelam a presença generalizada de microplásticos nos testículos masculinos, tanto caninos porquê humanos, com possíveis consequências para a fertilidade masculina, segundo os investigadores. Os autores deste estudo afirmam que os resultados os surpreenderam: “No início, duvidei que os microplásticos pudessem penetrar no sistema reprodutivo”, reconheceu Xiaozhong Yu, coautor do estudo, numa entrevista recente aos meios de informação britânicos. O guardião. Yu acrescentou que quando recebeu os resultados dos testículos caninos ficou surpreso, mas que a surpresa foi ainda maior quando recebeu os resultados dos humanos.
O impacto nas gerações mais jovens pode ser mais preocupante
Yu, que também é professor da Universidade do Novo México, disse O guardião a sua preocupação com as próximas gerações: “O impacto nas gerações mais jovens poderá ser mais preocupante”. O perito mostrou-se preocupado com o porvir devido ao aumento da presença de plástico no envolvente e às consequências que pode ter na saúde sexual e na fertilidade de pessoas e animais.
Nas conclusões desta investigação, os cientistas destacam um dos resultados mais relevantes: “Tanto os humanos porquê os cães apresentam proporções relativamente semelhantes dos principais tipos de polímeros, sendo o PE o dominante”, seguido do cloreto de polietileno (PVC). O polietileno (PE) é um dos plásticos mais comuns devido ao seu grave preço e à simplicidade de sua fabricação (centenas de toneladas de PE são geradas a cada ano). Xiaozhong Yu afirmou que “o PVC pode liberar uma grande quantidade de produtos químicos que interferem na espermatogênese”. [es proceso por el cual se producen los espermatozoides] e contém substâncias que causam desregulação endócrina.”
O PVC pode liberar uma grande quantidade de produtos químicos que interferem na espermatogênese e contém substâncias que causam desregulação endócrina.
Os especialistas dizem que estas novas descobertas apoiam a teoria emergente de que os microplásticos têm um efeito direto na subtracção do número de espermatozóides, mas reconhecem que ainda é necessária mais investigação nesta espaço para estabelecer uma relação causal definitiva.
O impacto negativo dos microplásticos na nossa saúde está cada vez mais repercutido na comunidade científica. Estas pequenas partículas de plástico são consequência da poluição derivada do lixo de resíduos plásticos no oceano durante décadas. A erosão desses materiais ao longo dos anos fez com que eles se fragmentassem em tamanhos microscópicos. Agora, sendo tão pequenos, é fácil para eles entrarem em quase todos os lugares: comida, chuva e até testículos humanos.
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Outras pesquisas mostram que há indicações claras de que os microplásticos que entram no corpo humano podem aumentar o risco de infartos do miocárdio e problemas cardiovasculares, entre outras complicações. Esses materiais podem se apinhar dentro das artérias e, se isso ocorrer, apresentam maior risco de acidente vascular cerebral e ataque cardíaco. No entanto, os autores deste estudo enfatizam que ainda existem dados limitados sobre as consequências gerais dos microplásticos para a saúde. Ainda há muito a saber sobre o impacto destes desreguladores endócrinos na nossa saúde; um caminho ainda a ser escrutinado pela comunidade científica.
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