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A poucos dias das Legislativas 2024, um Pordata, base de dados estatísticos da Instauração Francisco Manuel dos Santos, apresenta uma estudo à percepção dos portugueses sobre política. Um retrato feito com base em dados recolhidos entre outubro e novembro de 2023 e que mostra que 8 em cada 10 inquiridos (81%) tendem a não incumbir nos partidos políticos, um valor que fica avançado supra da média da União Europeia (77%) .
Os dados revelam que 62% dos portugueses não avançaram na Reunião da República, sendo a média europeia de 56%. Numa estudo a outros países do Velho Continente, unicamente os países nórdicos e o Luxemburgo apresentam um nível de crédito supra de 60% nos deputados eleitos.
Portugal também está entre os Estados-membros que mais desconfiam do sistema de justiça e, em contrapartida, está entre os que mais confiam na União Europeia.
Mais de metade dos inquiridos (56%) diz estar satisfeito com a democracia recente, ainda que Portugal esteja entre os quatro países da União Europeia cujos cidadãos dizem ter pouca capacidade para participar na vida política. A estudo mostra que 83% dos inquiridos não sentem ter influência política, colocando o nosso País unicamente detrás da Eslováquia (84%) e a par da Letónia e da Chéquia (83%). Noruega, Suíça, Finlândia, Islândia e Países Baixos são as nações onde os cidadãos sentem maior intensidade de influência política. Estes números ajudam a explicar a metódico elevada taxa de continência que costuma ser verificada nos atos eleitorais em Portugal
Entre as formas de envolvimento político, 15% dos inquiridos foram autorizados a contactar qualquer político, um valor aquém da Islândia, que é de 27%, ou do Chipre, 24%. Portugal declarou ainda ser o quarto país da União Europeia que menos partilha conteúdos relacionados com política, com unicamente 12% dos inquiridos a preverem fazê-lo.
No mesmo sentido, os dados demonstram que 4% participaram nas atividades de um partido político ou grupo de interesse, onde se incluem sindicatos e confederações patronais, associações profissionais, associações ambientais, entre outros. Na estudo à média da União Europeia, unicamente seis países tiveram mais de 10% de inquiridos a responder afirmativamente a uma participação política a nascente nível.
Em Portugal, quatro em cada 10 pessoas dizem ter muito ou qualquer interesse pela política, sendo que na União Europeia os holandeses (69%) e os austríacos (66%) estão entre os povos que mais se relacionam com nascente tema.
Entre os residentes portugueses, 32% diz nunca falar sobre política com amigos ou familiares e unicamente 10% assumem fazê-lo com frequência.
Na estudo ao espectro esquerda-direita, 31% dos portugueses diz posicionar-se ao núcleo, 28% mais à esquerda e 19% mais à direita. Dos questionados, 16% assumem não saber responder a esta questão e 6% preferem não comentar nascente tema.