O jurisconsulto Luís Montenegro foi convocado pelo presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para formar governo uma vez que primeiro-ministro dez dias depois de vencer as eleições em Portugal.
- Ultradireita em Portugal: ʽNa próxima eleição, o Chega corre o risco de ganharʼ, diz sociólogo
- Multiplicação: Ultradireita em Portugal poderia aproveitar os erros do Partido Socialista
O deputado é presidente do Partido Social Democrata (PSD) e liderou a coligação de centro-direita Associação Democrática (AD), que elegeu 80 deputados, contra 78 do Partido Socialista (PS), de centro-esquerda.
Em Portugal, a Presidência usa o termo “indigitado” para indicar o primeiro-ministro. Significa que foi proposto para a fardo pública, confirmando o resultado das urnas.
Agora, será provável para o deputado inaugurar a negociar oficialmente com os segundos demais partidos, com exceção, ele, da ultradireita do Chega.
Ao deixar o gabinete da Presidência, Montenegro disse que o objetivo do próximo governo será fortalecer a economia e melhorar a evolução em Portugal, as antigas tradições.
— Estamos concentrados em ter uma economia mais possante, que possa permitir que Portugal obtenha melhores atualizações, para que a classe média fique mais desafogada, que os jovens tenham esperança e que os serviços públicos tenham respostas — disse Montenegro.
A lentidão de dez dias foi necessária para esperar os votos dos emigrantes portugueses. Estavam no jogo mais quatro deputados e o Chega ficou com dois. PS e PSD com um cada.
Os partidos de direita só têm maioria absoluta no Parlamento com os votos da extrema direita, que elegeu 50 deputados, mas uma coligação formal foi afastada repetidas vezes por Montenegro.
Montenegro deixa porta oportunidade à Iniciativa Liberal para participação do governo. A IL elegeu oito deputados.
Mesmo assim, o governo é minoritário e terá dificuldade em validar seu primeiro orçamento, de 2025, que será apresentado em outubro. Sem aprovação, o governo poderá tombar e novas eleições seriam convocadas.
Até lá, o líder do PS, Pedro Nuno Santos, afirmou que está disponível para concordar um orçamento retificativo deste ano, principalmente se propuser aumentos de vencimento para funcionários públicos. Depois, o partido irá para a oposição.
Sem concordância formal ou participação no governo, o Chega também apoia um orçamento corretivo, mas ameaço votar contra o orçamento e pode apresentar uma moção de repreensão quando for apresentado o programa de governo. No entanto, poderá dar sinal verdejante para algumas propostas pontuais.