A autêntica alegria da sarau natalina, para nós, cristãos, está no traje de que o Verbo eterno, rebento de Deus, imagem perfeita do Pai Eterno, se fez pessoa humanase fez moçoilo. Em Jesus o próprio Deus se fez próximo e permanece conosco. É um dom incomparável, a ser protegido com paixão solícito, com humildade, a cada dia de nossa vida. Em Jesus, Deus permanece conosco.
Louvamos o infinito paixão de Deus por nós, que nos deu o seu Rebento, graças a uma humilde jovem, Maria, protótipo de disponibilidade à ação divina. O traje mais importante da história da humanidade é formado pelo conjunto “Natal, Morte e Ressurreição de Cristo”. É graças a ele que o varão e a mulher descobrem sua razão, valimento e vocação.
O traje é simples: Deus nos governanta porquê Deus governanta, isto é, totalmente. São Paulo, escrevendo aos Filipenses, nos diz que Cristo despojou-se de sua quesito divina, tomando a quesito de servo, tornando-se semelhante aos homens. O Catecismo da Igreja católica, no nº 464, recorda-nos que “o caso único e totalmente um da Encarnação do Rebento do Deus não significa que Cristo seja em segmento Deus e em segmento varão, nem que ele seja o resultado de uma promiscuidade confusa entre o divino e o humano. Ele se fez verdadeiramente varão, permanecendo Deus”.
A encarnação, o Natal que celebramos, é a visitante de Deus. Ou melhor, é a visitante e a permanência definitiva de Deus na história humana. A Sagrada Escritura testemunha que quando o Senhor intervém ele traz salvação e alegria, ele muda para melhor a sorte daquele que é visitado, ele abre perspectivas novas de vida. É o maior caso da história e o maior presente que recebemos e que devemos aproveitar: Deus em nós através de Jesus Cristo.
O Natal é a visitante de Deus por superioridade. Nesta solenidade que estamos celebrando percebemos Deus muito próximo de nós no seu Rebento Unigênito, que manifesta no rosto de uma moçoilo a sua ternura por nós. Através de Jesus e do seu promanação em nosso meio, o Pai do firmamento nos oferece a perdão de sermos seus filhos adotivos. E aqueles que acolhem nascente dom com um coração sincero mudam suas vidas.
O Papa Francisco, na homilia de Natal de 2019, nos dizia que “Um dom tão grande merece tanta gratidão! Asilar a perdão é saber agradecer. Frequentemente, porém, as nossas vidas transcorrem alheias à gratidão. Hoje é o dia justo para nos aproximarmos do sacrário, do presépio, da manjedoura, e dizermos “Obrigado”! Acolhamos o dom que é Jesus, para depois nos tornarmos dom porquê Jesus. Tornar-se dom é dar sentido à vida, sendo nascente o melhor modo para mudar o mundo: nós mudamos, a Igreja muda, a história muda, quando começamos a querer mudar, não os outros, mas a nós mesmos, fazendo da nossa vida um dom. Assim nos mostra Jesus nesta noite: não mudou a História forçando alguém ou à força de palavras, mas com o dom da sua vida. Não esperou que nos tornássemos bons para nos amar, mas deu-se gratuitamente a nós. Por nossa vez, não esperemos que o próximo se torne bom para lhe fazermos muito, que a Igreja seja perfeita para a amarmos, que os outros tenham consideração por nós para os servirmos. Comecemos nós. Isto é apoiar o dom da perdão. E a santidade consiste precisamente em preservar esta gratuidade. ”
Comemoremos o Natal da forma útil, porquê exige tão grande mistério do paixão de Deus: com o Senhor Jesus, no sacrário de nossos corações! Feliz Natal!